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Pedro Kemp repudia ação de espionagem do governo federal em Igreja Católica

fev 14, 2019 | Em destaque | 0 Comentários

O deputado estadual Pedro Kemp (PT-MS), durante a sessão ordinária desta quinta-feira (14), em seu pronunciamento repudiou a ação de espionagem do governo federal em reuniões da Igreja Católica sobre a evangelização na Amazônia.
Segundo Kemp, ao invés de colocar a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) para investigar a pauta do Sínodo (encontro de bispos de todo o mundo) da Amazônia, previsto para acontecer no mês de outubro, no Vaticano, o governo federal deveria sim, priorizar o que é de sua responsabilidade. “Tem que espionar as milícias e não, os bispos. Isso é uma piada de mau gosto”.

Ocorre que o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) classificou pautas a serem discutidas no evento da Igreja como de “interesse da segurança nacional” e que refletem o chamado “clero progressista”, “agenda de esquerda” .

Diante dessa situação, Kemp chegou a citar uma frase de Dom Helder Câmara, arcebispo de Olinda e Recife, conhecido como defensor dos pobres e perseguido durante o período da Ditadura.
“Vou ter que dizer aqui a frase do meu querido Dom Helder Câmara: ‘Quando dou comida aos pobres chamam-me de santo. Quando pergunto por que eles são pobres chamam-me de comunista’”, disse.
“A Igreja não está discutindo a soberania da Amazônia, que é do povo brasileiro. Os velhos tempos voltaram”, acrescentou Kemp.

O parlamentar frisou ainda que o território amazônico ultrapassa terras brasileiras (estando presente na Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Guiana, Suriname, e Bolívia). “Os povos da região amazônica estão isolados e enfrentam situações graves que precisam ser enfrentadas. E quando questionamos essa situação, nos chamam de comunistas”. “A Constituição deu 5 anos para o governo brasileiro demarcar as terras indígenas e já se passaram mais de 30 anos”.

O deputado estadual, em seu pronunciamento, alertou para o que possa estar como pano de fundo nessa situação em que a ABIN foi colocada, e disse que “o interesse da Igreja é discutir os desafios da evangelização na região amazônica, a defesa da vida e da dignidade dos povos que ali vivem, bem como a preservação do meio ambiente, nossa casa-comum”.

O parlamentar finalizou ao dizer que o governo federal deveria pedir desculpas ao Papa Francisco pela tentativa de ingerência em assuntos internos da Igreja.

Jacqueline Lopes – DRT/078-MS
Assessoria de Imprensa Mandato Participativo Pedro Kemp.

Jacqueline Bezerra Lopes
Jacqueline Bezerra Lopes

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