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Morte de jovem revela covardia dos parlamentares para criminalizar a homofobia

out 14, 2021 | Em destaque | 0 Comentários

O jovem Gustavo, que foi vítima de homofobia e já tinha problema de depressão. A mãe, minha amiga Tânia, foi a força que o menino precisava pra denunciar isso na sociedade. Muita revolta muita indignação. O irmão hoje disse “perdi a minha vida, perdi tudo que eu tinha, se alguém tivesse tido a oportunidade de ter um irmão como eu tive. Eu queria que todo mundo tivesse um pouco do Gustavo’”.

O cirurgião dentista Gustavo Lima, 27, foi vítima de homofobia que comoveu o País no mês de agosto. Ele foi encontrado morto na madrugada desta quinta-feira (14).  Gustavo travava uma lutava contra a depressão há anos.

“Homofobia mata”. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) disse isso ao lamentar a morte de Gustavo. “Eu fico indignado, por que a Secretaria de Saúde não fez nada? Não investigou para que a pessoa respondesse por esse ato reprovado e criminoso, que causa revolta. Infelizmente no Brasil não tem no Código Penal, por conta da hipocrisia de muitos parlamentares que não tiveram coragem de colocar na Legislação. Hoje o crime de homofobia é julgado pela lei de crime racial (Lei 7.716/1989), porque não existe uma específica. É grave, é inaceitável, ela mata. Esse é um exemplo”, lamentou Pedro Kemp.

Gustavo foi incentivado por sua mãe para denunciar o caso à imprensa, que teve repercussão nacional, mas mesmo assim sua depressão agravou. “A família está sofrendo muito. Um rapaz decente, trabalhador. Fica o alerta, a sociedade tem que parar com essa de discriminar pela cor, posição política, raça, orientação sexual e não opção sexual, porque ninguém escolhe. Precisamos de uma sociedade solidária, em que podemos respeitar as diferenças, ser mais tolerante. A pessoa tem que ser respeitada como ser humano. Vamos acolher os diferentes, a diferença não pode diminuir ninguém, todos tem a mesma dignidade de ser humano”, finalizou Kemp.

Debora Silva
Debora Silva

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