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SED está equivocada; crianças do CCDT participam de projeto de arte-educação, diz Kemp

jun 28, 2007 | Geral

O deputado estadual Pedro Kemp, líder do PT na Assembléia Legislativa e um dos idealizados na década de 80 do projeto que deu origem ao CCDT (Centro de Convivência e Desenvolvimento de Talentos) instalado no prédio da Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, disse há pouco, após a sessão legislativa, que o Centro é parte de um projeto de arte-educação, ou seja, com a finalidade de desenvolver nas crianças com deficiência suas potencialidades na música, teatro, dança, pintura e demais formas de expressão artística. De acordo com o parlamentar, os alunos que integram o CCDT já passaram pela escolarização oferecida nas instituições de educação especial, não se classificando, portando, o Centro em uma classe especial. “Por exemplo, é como se uma escola regular oferecesse aulas de dança, teatro ou música aos seus alunos”, explicou o parlamentar.

O argumento foi utilizado pela SED (Secretaria Estadual de Educação) para justificar a transferência do CCDT para o Centro Estadual de Atendimento à Diversidade, localizado na rua Franklin Roosevelt, no Jardim Aclimação. Pela proposta da secretaria, os alunos deixariam de ter a convivência com as demais crianças do ensino regular como atualmente acontece na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho. A medida é considerada pelos pais dos estudantes um retrocesso no aprendizado e desenvolvimento dos integrantes do Centro de Convivência e Desenvolvimento de Talentos. Hoje cerca de dez pais estiveram na Assembléia Legislativa para pedir apoio aos deputados. O grupo quer a permanência do Centro na escola estadual.

Durante a sessão nesta quinta-feira, o deputado Pedro Kemp ocupou a tribuna para expor o impasse aos demais parlamentares. De acordo com Kemp, há 14 anos o Centro foi idealizado como alternativa para aquelas pessoas com deficiência que já haviam passado pela escolarização. “Para que essas pessoas não voltassem para casa, foi pensado num projeto de arte educação para que elas pudessem conviver com outros alunos”, enfatizou. “Por isso queremos a continuidade desse trabalho. Lá eles participam das atividades nas aulas de educação física,das festividades da escola num proposta de inclusão”, concluiu, lembrando que vai buscar, junto ao governo, um canal de negociação para manter o CCDT na Escola Lúcia Martins Coelho.

admin
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