Pelo menos duzentas pessoas, entre militantes petistas, lideranças políticas e de movimentos civis organizados, acompanharam na manhã deste sábado, dia 10, o lançamento da candidatura do deputado estadual Pedro Kemp ao Diretório Regional do PT. O ato, realizado no anfiteatro do Colégio Dom Bosco, em Campo Grande, contou ainda com a presença do Ministro da Aqüicultura e Pesca, Altermir Gregolim, e o secretário nacional de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krachecke.
Pedro Kemp oficializou sua candidatura à executiva estadual do partido no dia 30 de outubro, após apelo feito pelo prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci, até então o candidato oficial da chamada Articulação de Esquerda, grupo político do PT a qual pertence Kemp e Amaducci. Na manhã de hoje, prefeitos e vereadores do interior do Estado, além de lideranças de movimentos sociais compareceram ao lançamento. O ato firmou ainda as candidaturas de Francisco Givanildo, o Chico, ao diretório municipal, e Valter Pomar, para executiva nacional do PT. Ambos pertencem também a Articulação de Esquerda.
A aposta feita pelo grupo político de Kemp é de levar às eleições do PT para o segundo turno do PED, o Processo de Eleições Diretas como é conhecido internamente pelos petistas. “Colocamos o melhor quadro nessa disputa. Vamos para o segundo turno no dia 2 de dezembro”, enfatizou Valteci Ribeiro, o Mineiro, no discurso de abertura. As eleições do PT acontecem nos dias 2 e 16 de dezembro.
Em sua fala, Kemp ressaltou a necessidade do PT retomar sua estratégia política em busca de um partido socialista e ligado diretamente aos movimentos sociais. Pedro Kemp também fez críticas à história recente do partido em Mato Grosso do Sul. “Nós não queremos mais um PT que tenha um rolo compressor. Que sufoque um dos nossos maiores patrimônios: a democracia interna do partido. Não queremos um PT que traga filiados em massa, sem qualquer formação política aos seus membros”, lembrou e levantou como compromissos bandeiras históricas do PT. “Como presidente quero defender governos petistas. Um PT transparente, democrático, apoiador aos diretórios municipais. Nós queremos fortalecer a aliança com os movimentos sociais. Um PT que reencontre o campo democrático social”, finalizou.
Na mesma linha, o ministro Altemir Gregolim, destacou os avanços do governo Lula nos últimos cinco anos e defendeu a imediata retomada da estratégia política do PT rumo a um projeto voltado ao socialismo. “Precisamos aprofundar as mudanças no governo do PT. Realizar mudanças estruturais cada vez mais profundas”, lembrou, ao enfatizar que o partido se afastou do projeto da esquerda socialista. Gregolim, que participa hoje também de um debate representando Valter Pomar, destacou ainda a probabilidade de um segundo turno do PED nacional.
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