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Governo federal vai agilizar recursos para construção de casas em assentamentos de MS, diz Kemp

mar 20, 2008 | Geral

O governo federal vai agilizar a liberação de recursos para construção de mais de seis mil casas em assentamentos de Mato Grosso do Sul. A determinação partiu do presidente Lula que ontem em visita a Campo Grande esteve reunido com lideranças dos movimentos de Reforma Agrária do estado, na presença da presidente nacional da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, e do presidente do Incra, Rolf Hackbart, além dos deputados estaduais Pedro Kemp e Paulo Duarte, ambos do PT. “O presidente Lula determinou a representante da Caixa que fizesse o possível para liberar os recursos para a construção”, enfatizou Kemp ao usar a tribuna na sessão desta quarta-feira.

De acordo com o parlamentar, o presidente Lula também atendeu outras duas importantes reivindicações dos movimentos sociais: quanto a efetiva assistência técnica aos assentamentos e a celeridade no processo de reforma agrária no estado. “Diante desta pauta de reivindicações, o presidente solicitou ao Incra, presente no encontro, que agilizasse as demarcações, verificando as áreas no Estado que são prioritárias”, relatou.

No encontro, que foi o primeiro do presidente em Campo Grande, as lideranças do movimento de reforma agrária demonstraram insatisfação quanto a mudança do superintende regional do Incra em Mato Grosso do Sul. Na semana passada, Luiz Carlos Bonelli, que dirigia o órgão e era ligada aos movimentos, foi substituído pelo professor Flodoaldo Alves, indicado pelo senador Valter Pereira. A alteração gerou protesto por parte dos sem-terra no Estado.

Conforme Kemp, a principal insatisfação do movimento, no entanto, deve-se ao fato de que a nomeação de Flodoaldo não foi discutida com as lideranças. “Na reunião, os trabalhadores disseram ao presidente que na gestão de Bonelli, o Incra conseguiu desenvolver um modelo de reforma agrária coletivo, se aproximando do cooperativismo e foi o que mais assentou no país”, disse Kemp, lembrando que o presidente Lula pediu a compreensão dos movimentos, já que faz hoje um governo de coalizão.

Na avaliação do parlamentar, o encontro do presidente com os movimentos da reforma agrária foi positivo, uma vez, que o governo encaminhou as principais reivindicações, atendendo as necessidades dos sem-terra. “As lideranças saíram do encontro se sentindo prestigiadas, pois o presidente assumiu o compromisso de atendê-los”, disse.

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