A UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) deverá realizar um remanejamento de cursos em alguns municípios do Estado, a fim de atender as demandas e vocações das cidades sul-mato-grossenses, além de ampliar em 20% o número de vagas oferecidas pela instituição já no próximo ano. A informação é do deputado Pedro Kemp (PT), vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, que ontem esteve reunida com o reitor da UEMS, Gilberto Arruda.
A vinda de Arruda ao legislativo ocorre depois da polêmica tratando da possibilidade de fechamento de cursos da Universidade Estadual no interior de Mato Grosso do Sul. O caso veio à tona na semana passada na Assembleia Legislativa, com manifestações contrárias de parlamentares e dos moradores dos municípios onde existem unidades da UEMS.
Arruda esclareceu, conforme Kemp, que haverá na prática um remanejamento de cursos, já que em algumas localidades ocorre um saturamento do mercado para profissionais formados nas modalidades oferecidas pela UEMS da região. “Em certas cidades o curso está funcionando há alguns anos e já não existe tanta procura. Há assim vagas ociosas. O que a UEMS pretende fazer é uma substituição dos atuais cursos por outros, a fim de privilegiar a vocação do município”, explicou o parlamentar, lembrando que a necessidade em algumas cidades não comporta o grande número de profissionais formados pela instituição. “Em alguns municípios como Glória de Dourados há quase duas centenas de profissionais formados em geografia”, exemplificou o presidente da Comissão de Educação, deputado professor Rinaldo (PSDB).
Gilberto Arruda esclareceu ainda aos parlamentares que o plano de ensino da UEMS prevê para o próximo ano um acréscimo de 20% no número de vagas disponíveis pela instituição. “Das 1.850 vagas existentes, a UEMS passará a oferecer 2.200 vagas”, detalhou o deputado Pedro Kemp. A Universidade Estadual está presente em 14 municípios de Mato Grosso do Sul, sendo 80% de seus acadêmicos oriundos do ensino público.
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