O deputado estadual Pedro Kemp (PT) criticou hoje durante debate na Assembleia Legislativa a decisão do governo do Estado de transferir o servidor público Éber Benjamin que atuava há 14 anos no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de Campo Grande para unidade do órgão no município de Aral Moreira.
O fato gerou indignação já que Benjamin e outros servidores do departamento integraram recentemente comissão para questionar reduções no pagamento de produtividade, além de cobrar o PCC da categoria. A negociação foi feita junto ao presidente do Detran, Carlos Henrique dos Santos Pereira. Ainda como forma de protesto, os servidores do departamento realizaram no dia 2 de julho uma manifestação silenciosa, usando tarja preta no braço. Na mesma data, Éber Benjamin recebeu a transferência, com prazo máximo de 15 dias para se apresentar no novo local de trabalho.
Para o servidor e sindicalistas, o ato é forma de intimidação do governo. “Ora é só vermos a cronologia dos fatos. Está se instalando entre os servidores públicos um clima de intimidação e terrorismo. Ele (presidente do Detran) nem quis ouvir meus argumentos”, comentou.
Kemp e os demais parlamentares petistas criticaram a postura do governo, condenando a prática de intimidação e cerceamento à livre manifestação dos servidores públicos. “Isso é ditadura, perseguição. A Assembleia Legislativa tem que exigir uma explicação plausível do governo. Éber só não foi removido para o Paraguai porque não é permitido”, ironizou. O parlamentar esclareceu ainda que a bancada petista pretende acompanhar o caso e pedir esclarecimentos do governo. “Nossa bancada vai até as últimas consequências”, disse.
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