Pelo menos 150 acadêmicos indígenas são aguardados nesta sexta-feira, 11/11, na audiência pública “Educação Superior Indígena em MS” que acontece no plenário Júlio Maia da Assembleia Legislativa a partir das 13h30. O debate, proposto pelo deputado estadual Pedro Kemp em parceria com o Projeto de Rede de Saberes, discute a realidade de cerca de 700 acadêmicos índios do estado, que buscam a implementação de políticas públicas que garantam a permanência deles no ensino superior.
De acordo com lideranças indígenas, boa parte dos estudantes acaba desistindo da graduação diante da falta de políticas de acesso e permanência dos índios nas universidades. Para evitar a evasão e possibilitar que os estudantes das diversas etnias do estado concluam o ensino superior, os alunos buscam a implementação de programas que garantam o auxílio financeiro para as despesas com transporte, estadia, alimentação, vestuário e material escolar, além de um suporte acadêmico.
No dia 21 de agosto, uma comissão formada por quatro acadêmicos indígenas foi a Brasília e entregou ao Ministério da Educação (MEC) um documento com as reivindicações dos estudantes. O texto foi elaborado com base nas discussões do V Encontro de Acadêmicos Indígenas de MS realizado dias antes da viagem, 15 de agosto, na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). Sem resposta do MEC , os acadêmicos querem dar, com a audiência pública, continuidade ao debate e aguardam um posicionamento oficial do governo federal.
Para o encontro foram convidados o secretário de Educação Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, o presidente da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Márcio Meira, o deputado federal Antônio Carlos Biffi, da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, a secretária de Estado de Educação, Maria Nilene Badeca da Costa, a secretária de Estado de Assistência Social, Tânia Mara Garib, os reitores das universidades públicas e particulares do Estado e o Ministério Público Federal.
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