Em busca de solução pacífica para que ocorram as demarcações, iniciativa de Pedro Kemp mobiliza grupo de trabalho em Mato Grosso do Sul
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O Legislativo estadual formou uma comissão para buscar uma solução aos problemas que envolvem a demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul e o deputado estadual Pedro Kemp (PT) foi mediador de uma reunião no dia 12 de novembro na Presidência da Assembleia entre ruralistas e representantes de indígenas como a Funai (Fundação Nacional do Índio) e o MPF (Ministério Público Federal). “Não podemos permitir que uma guerra aconteça em Mato Grosso do Sul”, explica Kemp.
O grupo de trabalho vai buscar uma saída para que aconteça a indenização aos produtores rurais e as terras sejam devolvidas para as etnias comprovadamente herdeiras dos tekohás (terra sagrada).
Ao menos 40 pessoas participaram do grupo de trabalho composto também pelos deputados estaduais, federais e senadores, responsáveis por articular em Brasília (DF) uma forma de prever no orçamento da União o aporte de recursos já que os relatórios das áreas deverão ser publicados no Diário Oficial da União até o primeiro semestre de 2013.
Kemp aposta no entendimento com o governo federal para que o problema da disputa por terras no Sul do Estado, onde estão os índios da etnia kaiowá-guarani, tenha fim e com isso, não ocorram mais tragédias. Ele considerou como gota d’água a carta dos indígenas que estão na Fazenda Cambará, em Iguatemi. Nela, afirmaram que se a Justiça decidiu o despejo das famílias índias, melhor que tivesse decretado-os a morte. O episódio ganhou publicidade nas redes sociais e mobilizou 50 atos de protestos em várias cidades brasileiras de apoio aos indígenas.
O presidente da Assembleia, deputado Jerson Domingos (PMDB) afirmou que junto com Kemp pretende uma audiência com a presidenta Dilma Roussef (PT), que já anunciou a vinda de sua equipe para Mato Grosso do Sul. “Conseguimos formar um grupo de trabalho composto pela Famasul, Acrissul, Funai, indígenas, MPF e parlamentares do Legislativo estadual e federal para sentarmos com essa comissão do governo federal para conseguirmos alocar recursos no orçamento e termos o levantamento de quantas propriedades rurais serão atingidas”. “Nós quanto representantes da população temos que cobrar uma solução pacífica”, finalizou Kemp.
O grupo de trabalho é formado por um representante de cada uma das entidades (Famasul, Acrissul, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil-MS), Arquidiocese de Campo Grande) e dos órgãos competentes como Funai, MPF, Justiça Federal, Governo do Estado, Assembleia Legislativa e bancada federal.
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