6º encontro aconteceu no dia 7 de dezembro, na aldeia Buriti, em Sidrolândia

Antonia Fernandes, terena, mãe de gêmeos, está concluido Serviço Social na UCDB e quer atuar onde mora, na aldeia Buriti

Educador, terena Gerson Pinto Alves, é diretor da escola municipal indígena

Debate sobre políticas públicas e fortalecimento das comunidades por meio de seus jovens universitários foram pautados durante o 6º encontro de acadêmicos indígenas de Mato Grosso do Sul, no dia 7 de dezembro, na Aldeia Buriti, em Sidrolândia. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) falou sobre o papel do jovem universitário e detalhou o papel da Assembleia Legislativa para que junto dos congressistas sensibilize o governo federal sobre a demarcação das terras indígenas com indenização aos produtores que adquiriram as áreas de boa fé. Para ele, políticas públicas eficazes só podem acontecer com a resolução do impasse fundiário.

A universitária terena, acadêmica de Serviço Social da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Antonia Fernandes Bernardo, 29, mãe de gêmeos (1 ano e 9 meses) disse que hoje, o acadêmico índio tem como desafio a permanência na universidade já que não há como arcar com os custos. Ela salientou a importância do Mandato Pedro Kemp como porta-voz dos povos indígenas e da educação de qualidade. Antonia disse que termina o curso este ano e quer exercer a função dentro da aldeia onde mora, a Buriti.

Já o educador, Gerson Pinto Alves, diretor da escola municipal da aldeia Buriti, disse que hoje em MS são quase 500 índios universitários. Ele considera pouco para um Estado que tem a segunda maior população indígena do País. “Deveríamos ter 5 mil índios nas universidades. O que tem hoje ainda é pouco, é muito difícil o aluno ficar na universidade. Quem ajuda é a família. A terena tem os pais agricultores. É só assim”, finalizou também dizendo que o Mandato Pedro Kemp busca estabelecer entendimento entre as comunidades indígenas e os governos.

josi