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Veja o pronunciamento do deputado Pedro Kemp sobre a suposta máfia instalada nos hospitais do Câncer e Universitário

maio 8, 2013 | Em destaque | 0 Comentários

“O ex-secretário de Saúde de Campo Grande, ainda de acordo com Kemp, chegou a dizer que a cidade não precisaria de aparelho de radioterapia porque tinha convênios com clinicas particulares. “Ora, uma decisão como está foi tomada pelo Conselho Estadual de Saúde na presença da secretária de Estado de Saúde!”. “Caiu por terra o discurso de que falta dinheiro do SUS!”

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O deputado estadual Pedro Kemp (PT) foi à tribuna na manhã de terça-feira (14) e disse ser importante a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha em Campo Grande um dia depois do Fantástico denunciar um suposto esquema de desvio de verbas do SUS (Sistema Único de Saúde) pelos hospitais do Câncer e Universitário. O parlamentar disse ainda que o Ministério da Saúde tinha que “armar uma barraca” e ficar na cidade o tempo necessário para elucidar o problema, chamado de “máfia” por Kemp.
O parlamentar também disse que seria importante a vinda do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, já que recursos desta pasta são investidos no Hospital Universitário.

Sinais

Para Kemp, sinais de que recursos do SUS estariam sendo destinados para clínicas particulares foram dados com a recusa de equipamentos por parte do Governo do Estado e da Prefeitura de Campo Grande há 1 ano, quando o Ministério da Saúde anunciou o investimento de R$ 505 milhões em radioterapia, para o tratamento contra o câncer no País. Para Mato Grosso do Sul seriam destinados 5 aparelhos, lembrou Kemp em seu pronunciamento. Porém, o Hospital Universitário se recusou a receber o material assim como o Hospital Regional.

Balela

“O HU se recusou porque na época informou que os pacientes eram levados para o Hospital do Câncer. E este, direcionava para clínicas particulares”. “Já o Hospital Regional não quis porque a máfia tem que lucrar! Ouvi aqui mesmo na Assembleia que é muito caro manter o custo do aparelho. Tudo balela!! Milhões estão sendo investidos para pagar clinicas”.

O ex-secretário de Saúde de Campo Grande, ainda de acordo com Kemp, chegou a dizer que a cidade não precisaria de aparelho de radioterapia porque tinha convênios com clinicas particulares. “Ora, uma decisão como está foi tomada pelo Conselho Estadual de Saúde na presença da secretária de Estado de Saúde!”.

Kemp disse ainda que tanto a Câmara de Vereadores como a Assembleia Legislativa perderam o bonde para instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no ano passado quando o Estado recusou receber as máquinas de radioterapia para beneficiar o serviço terceirizado.

“Caiu por terra o discurso de que falta verba pra saúde. O problema é gestão”.

Crime!

Ainda durante seu discurso na tribuna, Kemp frisou que toda a situação mostrada no Fantástico trouxe à tona algo ainda mais grave: o comportamento criminoso dos profissionais. No caso do oncologista Adalberto Siufi e dos outros que aparecem na reportagem dizendo em tom de descaso, conforme as escutas feitas pela polícia, que não ofereceriam o medicamento prescrito para o paciente porque era caro.

“O paciente tem fé, acredita no médico e esse médico trata de qualquer jeito! A pessoa está sendo enganada, é revoltante. Em nome do lucro as pessoas que se lasquem!”, disse o parlamentar ao lembrar parte do diálogo em que o médico disse que era para dar um ‘sorinho’ ao invés do medicamento já que o paciente já estava para morrer. “Isso é revoltante!”. Kemp comparou o problema instaurado em Mato Grosso do Sul como o escândalo da médica que praticava eutanásia no Paraná.

“Aqui foi muito pior que no Paraná. Pessoas com câncer fazendo tratamento e médico falando ‘coloca sorinho e deixa lá’, uma pessoa com dor? Isso é crime! Fico imaginando o que as famílias que perderam parentes lá estão pensando. Estavam enganando todo mundo, são criminosos!”

No final do discurso o deputado do PT parabenizou o trabalho do MPE (Ministério Público Estadual). “Está de parabéns a promotora Paula Volpe”, apoiou Kemp à promotora responsável pelas investigações na 49ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público.

josi
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