A indenização aos produtores rurais de MS e a demarcação de áreas indígenas são urgentes em MS e deputado Pedro Kemp (PT) esclarece na tribuna que a Justiça deve olhar para os dois lados e a bancada federal assumir o seu papel de buscar resolver o problema junto ao Governo Federal.
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Com o Plenário Júlio Maia lotado nesta quinta-feira (23) de produtores rurais, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) reafirmou sua posição em defesa da pacificação e fim dos conflitos por terra que dividem povos indígenas e produtores rurais no Estado. Diante do impasse enfrentado pelo produtor rural Ricardo Bacha, em Dois Irmãos do Buriti, onde a fazenda está ocupada por terenas que querem do governo federal a ampliação das áreas e o fazendeiro tem decisão judicial de reintegração de posse, os ruralista foram até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
O deputado estadual afirmou que tem incansavelmente lutado para que haja uma solução e fez um alerta: “Não podemos lutar para que a demarcação seja suspensa. É como jogar um problema grave debaixo do tapete. Temos que buscar uma solução para o problema e não podemos aceitar que a Justiça seja feita para um com uma injustiça para outro. O governo federal tem que preservar os direitos dos dois lados. Não acho que a solução é a Gleisi (ministra chefe da casa Civil Gleisi Hoffman) dizer: paralise as demarcações! Não! Assim só vamos adiar”.
O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, que tem uma lista de áreas disponíveis pelos produtores para a aquisição por parte da União aos indígenas, prestou depoimento aos deputados estaduais pedindo uma solução para o problema assim como o ex-presidente da Famasul (Federação da Agricultura de MS), Léo Brito.
Kemp disse aos produtores que participa das assembleias indígenas e ouve a comunidade sempre que é chamado e que diante da situação de tensão em Dois Irmãos do Buriti, iria ao local caso fosse necessário.
O parlamentar petista afirmou que todas as propostas já estão na mesa do MPF (Ministério Público Federal) e que ele mesmo já fez o levantamento no escritório da União, em Campo Grande, sobre as áreas confiscadas do narcotráfico, as terras devolutas do Estado e são ao menos 32 mil hectares no Sul do Estado que poderiam ser usados pelo governo federal para resolver a situação. Kemp disse que cabe a bancada federal cumprir o seu papel e intervir junto ao Ministério da Justiça, responsável pelas demarcações de terras indígenas no País, para que seja feita uma reunião com soluções concretas para o problema. “Tem que definir onde é terra indígena e onde não é. O produtor e o índio são vítimas de um erro cometido no passado pelo Governo Federal. Não gostaria de terminar meu mandato sem ver isso resolvido”.
Foto: Giuliano Lopes/AL
Jacqueline Lopes – assessoria de imprensa Mandato Pedro Kemp
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