O “Ato Contra a Impunidade e em Defesa dos Povos Indígenas de Mato Grosso do Sul”, realizado nesta sexta-feira (25/11), no Plenário Deputado Júlio Maia da Assembleia Legislativa, resultou em um documento com reivindicações para garantir a segurança e a punição de criminosos envolvidos em atentados contra índios.
No documento – que será encaminhado à Presidência da República, à Funai (Fundação Nacional do Índio) e às comissões de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e do Senado – as entidades da sociedade civil e os movimentos sociais pedem a garantia de uma força tarefa de proteção policial aos povos indígenas de Mato Grosso do Sul contra as várias formas de violência praticadas contra a comunidade e suas lideranças.
Eles querem ainda que seja determinada intervenção federal na região, com o objetivo de concluir as investigações sobre o assassinato de lideranças indígenas e as demarcações de terras em Mato Grosso do Sul.
Os índios exigem a conclusão da investigação pelo desaparecimento do líder religioso Kaiowá-Guarani Nisio Gomes. Ele desapareceu durante um atentado feito por pistoleiros contra os índios no último dia 18. Segundo relato dos indígenas, Nisio foi executado.
As entidades também querem que sejam aprofundadas as investigações sobre o sequestro de crianças indígenas, naquela ocasião.
Outro pedido é que sejam publicados os relatórios de identificação das terras dos povos Kaiowá e Guarani conforme a previsão contida no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado entre o MPF (Ministério Público Federal) e a Funai.O ato público realizado na manhã dessa sexta-feira foi proposto pelo deputado Pedro Kemp em parceria com os movimentos sociais.
Pelo menos 200 pessoas participaram da atividade que pediu o fim da impunidade nos casos de índios assassinados e cobrou celeridade no processo de demarcação das terras indígenas. Morosidade em demarcação acirra conflitos por terras
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