Os servidores administrativos da educação lotaram o plenário Júlio Maia na sessão legislativa dessa terça-feira, dia 30, cobrando diálogo do governo nas negociações salariais. Os trabalhadores são contra o reajuste de 7% oferecido pelo executivo, assim como o processo adotado pelo governo para definir o percentual. Segundo o presidente da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, não houve canal de negociação com a categoria, que exige aumento mínimo de 15%.
O deputado Pedro Kemp, presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, rechaçou a postura do executivo, que hoje tentou intimidar os trabalhadores montando aparato de segurança e impedindo a chegada à Capital de ônibus com trabalhadores do interior do estado. “Tem sido uma prática desse governo a forma autoritária de se relacionar com os servidores”, lamentou o parlamentar, lembrando que o reajuste de 15% cobrado pelos administrativos representaria um impacto de apenas R$ 79 mil na folha de pagamento. “Nós temos uma categoria que sofre muito, que é o administrativo e quando esse grupo faz uma manifestação legítima, o governo coloca policiais para receber os servidores”, condena.
O parlamentar lembrou ainda que o governo ao saber da manifestação tentou desqualificar o movimento ao publicar nota na imprensa e lamentou a falta de diálogo do governo com os representantes dos servidores. “A FETEMS é o maior sindicato de Mato Grosso do Sul. Agora, o governo não reconhece os Sindets e a FETEMS”, disse. Pedro Kemp cobrou do governo a abertura de um canal de negociação, no entanto, até o início da tarde dessa terça-feira, o executivo não havia sinalizado para receber a categoria.
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