O deputado estadual Pedro Kemp ocupou a tribuna na sessão desta terça-feira, 6 de dezembro, para criticar a postura autoritária do governo do estado com relação aos servidores do IAGRO (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), que estão mobilizados numa operação padrão para pressionar o executivo estadual a cumprir com o compromisso de encaminhar o projeto de Plano de Cargos e Carreira da categoria. Segundo o deputado petista, o governador havia prometido aos servidores em 2008 que apresentaria uma proposta de PCC, sendo que várias reuniões foram feitas com a categoria e muitos pedidos de prazo por parte da administração e, até agora, o projeto encontra-se estagnado na Procuradoria Geral do Estado.
Durante seu pronunciamento, Kemp lembrou que o governo, além de não levar adiante as negociações com os servidores, anunciou medidas punitivas com a publicação do decreto 13.308/11, que determina o corte dos salários e a abertura de processo administrativo disciplinar dos funcionários que estariam participando do movimento. Como se não bastasse, encaminhou projeto de lei à Assembleia Legislativa dispondo sobre contratação temporária de servidores em caráter excepcional para intimidá-los ainda mais.
A presidente do Sindicato dos Fiscais Agropecuários, Glaucy da Conceição Ortiz, também fez uso da palavra na sessão e disse aos deputados que os servidores do IAGRO em nenhum momento paralisaram suas atividades como acusa o governo, apenas passaram a intensificar a fiscalização como forma de cobrar do executivo a aprovação do seu plano de cargos, carreira e salários.
Glaucy ressaltou que a categoria tem consciência da importância do seu trabalho no contexto do estado e, principalmente, para o desenvolvimento econômico. “Nós temos negociado com o governo desde 2008. Ele estabeleceu uma agenda para cumprimento e encaminhamento à Assembleia Legislativa que não foi cumprida e, devido a este atraso e a falta de justificativa, encaminhou todo esse descontentamento e a situação que a gente enfrenta agora”.
Pedro Kemp destacou que, num estado cuja economia é ainda muito dependente da agropecuária, os servidores do IAGRO não podem ser tratados dessa forma pelo governo e merecem o reconhecimento e a valorização profissional que reivindicam para atuar com eficiência e motivação. Solicitou aos deputados presentes à sessão que não aprovassem “o projeto de contratação temporária do governo no afogadilho, que além de conter ilegalidades, está sendo utilizado neste momento como forma de pressão aos servidores que lutam por seus direitos”.
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