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Conluio de Moro com Dallagnol exige fim do processo contra ex-presidente Lula, diz Kemp

jun 11, 2019 | Em destaque | 0 Comentários

“Uma combinação criminosa, espúria entre o juiz, que julga, e o Ministério Público, que denuncia. Se o juiz e o Ministério Público combinam as coisas, o processo está todo viciado e tem que ser anulado. O que aconteceu com o presidente Lula, vou fazer uma analogia aqui, seria a mesma coisa que se Vossa Excelência fosse acusado de um crime e descobrisse que o juiz que vai julgar o seu processo combinou com o acusador. O mundo inteiro está comentando essas barbaridades. Todos os jornais internacionais estão falando que a Operação Lava Jato no Brasil só teve um objetivo: Prender, condenar sem provas o ex-presidente Lula para impedi-lo de candidatar-se novamente e ser presidente da República de novo”. (Deputado estadual Pedro Kemp PT-MS)

O deputado estadual Pedro Kemp (PT-MS) foi à tribuna da Assembleia Legislativa de MS e repudiou a armação o juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol para prejudicar o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva com um processo sem provas que o incriminou, resultado de um conluio envolvendo os representantes do Judiciário e o do Ministério Público. Para o parlamentar, a lei é clara, só basta se colocar no lugar do ex-presidente Lula. Quando um juiz, que tem o dever se der neutro, troca mensagens com o acusador, no caso o representante do MPF, para prejudicar o denunciado, todo trabalho tem que ser anulado, explicou.

A divulgação de conversas por mensagens de texto entre o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, com o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, feita pelo site The Intercept Brasil, foi tema do debate liderado por Kemp na sessão desta terça-feira (11).

A reportagem foi dividida em quatro partes – (confira-as aqui: https://theintercept.com/2019/06/09/chat-moro-deltan-telegram-lava-jato/ ).

“Bem que o papa Francisco falou que a verdade ia prevalecer. O site Intercept deu uma enorme contribuição para história do Brasil revelando esse conluio. São mensagens gravíssimas, que colocam em xeque as investigações e mostram que a intenção era a prisão do ex-presidente Lula. Onde já se viu o juiz que julga, de combinados com quem denuncia? Isso mostra que era para que o Moro ganhasse a vaga de ministro”, criticou Kemp.

Para o parlamentar, as conversas comprovam que a prisão foi um ato partidário, uma vez que a condenação do ex-presidente Lula foi rapidamente confirmada em segunda instância, o tornando inelegível na corrida eleitoral de 2018, em que aparecia em líder nas pesquisas ou ainda prejudicando a eleição do Fernando Haddad (PT).

“Com isso impediu o PT de ganhar, privou a liberdade do Lula, fez uma operação irresponsável criminalizando obras, criando desemprego, que agravou a crise econômica e eles [Moro e Dallagnol] deveriam pedir afastamento imediato. Eles tem que se explicar, porque prejudicou demais nosso partido”.

O deputado estadual Barbosinha (DEM), advogado, vice-presidente da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul endossou o pronunciamento de Kemp. “A prática do grampo precisa ser investigada. Eu defendo que todo sistema democrático brasileiro possa estar sendo desrespeitado pelo uso do grampo. A figura do juiz está sendo inerte. Quem movimenta um processo sabe que se houver alguma manipulação, tudo fica maculado. Precisa ser investigado desde o vazamento até o conteúdo”.

Jacqueline Bezerra Lopes
Jacqueline Bezerra Lopes

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