União já ofereceu para o treinamento da PM notebooks, 12 motocicletas, 12 capacetes, 7 veículos utilitários, 3 vans e 12 rádios para monitoramento e até agora Governo não se move
Durante a sessão de hoje (8) na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) denunciou mais uma vez o descaso do Governo do Estado diante da situação de genocídio que acontece em Dourados, onde 16 mil índios dividem apenas 3,5 mil hectares de terra. Ele vai encaminhar um requerimento para a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) cobrando explicações sobre o atraso das ações pacificadoras na Reserva Indígena de Dourados sendo que existe convênio firmado.
“A aldeia enfrenta a superpopulação em um espaço de terra exíguo diante de uma total omissão do Estado. O Governo assinou acordo com a União que ofereceu notebooks, 12 motocicletas, 12 capacetes, 7 veículos utilitários, 3 vans e 12 rádios para monitoramento”.
Para se ter uma ideia da gravidade da situação na Reserva Indígena de Dourados onde quase que diariamente uma pessoa morre vítima da violência, o número de habitantes de lá é superior ao de 43 cidades de Mato Grosso do Sul.
O Acordo de Cooperação Técnica entre o MPF (Ministério Público Federal), PF (Polícia Federal), Funai (Fundação Nacional do Índio) e o Governo de Mato Grosso do Sul foi assinado em 23 de fevereiro e publicado em 5 de março no Diário Oficial da União e prevê “ações de segurança pública com cidadania nas terras indígenas regularizadas.
A promessa de treinar policiais militares com apoio da PF para auxiliar no trabalho preventivo dentro da Reserva Indígena como ação de emergência diante do quadro de violência continua somente no papel, segundo Pedro Kemp.
O correligionário, deputado estadual Laerte Tetila endossou a fala de Pedro Kemp e lembrou de pessoas desaparecidas e mortas. Ele ainda disse que a Reserva Indígena tornou-se também palco de inúmeras visitas por conta da situação deplorável. São Ongs do mundo inteiro que vão ao local e fazem apelo e também juízes e desembargadores. “Recentemente a associação dos magistrados do Brasil foram ao local e saíram de lá indignados”.
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