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Kemp vai até o “Lixão” e repudia truculência aos catadores

dez 19, 2012 | Em destaque | 0 Comentários

Pedro Kemp durante a sessão ao receber a informação sobre a suspeita de truculência policial no Lixão

Policiamento militar em frente à entrada do “Lixão”

Com defensoras públicas, Kemp conversa com ambientalista Luiz Cobalchini, do Instituto Campo Grande Cidadania, que critica "abandono social"

Imprensa registra operação policial no "Lixão"

 

O fiscal municipal de coleta Alcindo de Macedo conversa com Kemp e diz que clima de tensão culminou em confronto e negou abusos da polícia e guarda municipal

Aos 54 anos, dona A.E. diz a Kemp que situação de humilhação marcou o fim do “trabalho” no “Lixão’

Nas vésperas do Natal e Ano Novo a desativação do “Lixão”, na região do bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande, foi marcada por violência com ação policial e da guarda municipal para a expulsão dos “garimpeiros”. A ação teve uso de gás de efeito moral, tiros com balas de borracha, prisões e trabalhadores feridos foi duramente criticada pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT) na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Denúncias de truculência policial e falta de uma solução para o problema social que cerca a situação dos catadores do Dom Antônio Barbosa foram trazidas para o Mandato Pedro Kemp. O parlamentar além de ocupar a tribuna e criticar duramente a atual administração municipal pela ação, também denunciou a onda de abertura de licitações milionárias como a da coleta do lixo, transporte coletivo, inspeção veicular e até da comunicação. Kemp chamou de “licitações feitas no afogadilho”.

A Prefeitura foi protelando o TAC e no final da gestão, de uma hora para outra decidiu fechar o “Lixão” sem uma solução para os catadores de material reciclável. E isso às vésperas do Natal! Uma irresponsabilidade isso, no apagar das luzes”, criticou na tribuna e pediu à Presidência da Assembleia um intervenção junto à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública. “É um drama social. É preciso que se estabeleça um clima de negociação, não chegar com cavalo, gás lacrimogêneo em cima de quem está tirando o sustento do lixo!”.

Kemp deixou a sessão e foi até a área onde aconteceu o confronto. Na entrada, policiais militares cercavam o local e confirmaram que após três décadas o “Lixão” foi desativado.

Dona A.E., 54, fez um desabafo ao dizer que os companheiros do garimpo do lixo perderam o sustento da família, pois uma pequena parte foi aproveitada numa cooperativa e a maioria, segundo ela, ficou sem trabalho. A.E. contou para Kemp como foi a ação da Polícia Militar e da Guarda Municipal. “Tinha mulher, idosos, crianças, todo mundo correndo de medo. Fomos tudo tratado como animal”.

Jacqueline Lopes – reportagem e fotos – Assessoria de imprensa do Mandato Pedro Kemp

josi
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