Após aumentar impostos, o Governo do Estado anunciou que deverá conceder apenas um abono salarial na ordem de R$ 200,00 aos servidores públicos de Mato Grosso do Sul, o que já gerou protestos, pois a quantia não é incorporada no salário base e pode sofrer cortes. Diante desse quadro, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) tem recebido inúmero pedidos de apoio para que haja um diálogo entre os sindicatos que representam os trabalhadores estaduais e o Poder Executivo. A ideia é fazer o Governo do Estado recuar e conceder pelo menos um reajuste que corresponda a correção da inflação.
O Fórum de Servidores informa que nos últimos dois anos a perda salarial foi de 16,14%, de acordo com o DIEESE-MS (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
“Os servidores têm nos procurado e demonstrado a insatisfação com a proposta; primeiro porque é uma ilegalidade propor abono a quem recebe subsídio, e segundo porque o abono não é incorporado ao salário automaticamente e, depois, o governo pode alegar alguma dificuldade e simplesmente retirar”, acrescenta Kemp. “Hoje, o Governo do Estado não está apertado e a situação é bem mais confortável, porque o aumento não atingiria o limite prudencial [Lei de Responsabilidade Fiscal]”.
O deputado informou ainda que o governo não sinalizou com a possibilidade de apresentar contraproposta, mas os servidores estão aguardando algum novo posicionamento. “Faço um pedido ao governo para olhar para os servidores, especialmente os que recebem os salários mais baixos”,finalizou.
“Faço um apelo para o Governo do Estado neste momento de reivindicação dos servidores. O Governo fechou o ano passado com superávit (dinheiro a mais no caixa) com aquele pacote de aumento de impostos que significou mais recursos. MS está numa situação confortável. Os servidores reivindicam a política salarial. A proposta de abono não contempla a categoria. O abono não é interessante para os servidores e precisamos repercutir essa insatisfação da categoria já que os servidores estão solicitando do Governo outras propostas. O abono de R$ 200,00 faz lembrar o que acontecia neste Estado há 15 anos, quando os servidores viviam o caos, sem receber salários e com salários básicos aviltantes e gratificações chamadas ‘penduricalhos’ que não melhoravam em nada o salário. Foi no Governo do Zeca do PT que deu início a política salarial, uma conquista dos servidores que precisa ser respeitada”, disse Pedro Kemp.
Texto: Jacqueline Lopes DRT-078/MS – Assessoria de Imprensa Mandato Participativo Pedro Kemp
Foto: Arquivo
0 comentários