Após receber denúncias de servidores públicos municipal e estadual sobre a suspeita de abuso eleitoral com ameaças e pressão por parte do Governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande para que façam campanha, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (16) para tornar o caso público e pedir uma ação concreta da Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul. Segundo o parlamentar, o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli e o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho têm pessoalmente ameaçado servidores para obrigá-los a fazer campanha para seus candidatos.

A mesma denúncia foi feita essa semana pelo vereador Athayde Nery (PPS). “Quero fazer coro ao vereador Athayde de que servidores públicos do Estado e da Prefeitura estariam sendo muito pressionados para apoiar candidatos da coligação do Governo”.

“As pessoas estão sendo humilhadas, constrangidas. Muita gente deu a vida pelo processo democrático, desapareceu na Ditadura. A Justiça Eleitoral não pode permitir que ameaças aconteçam”.

Pedro Kemp questionou as prioridades no período eleitoral. Disse que são vários os episódios os quais os juízes eleitorais se mostram preocupados com miudezas como “se o candidato vai falar no microfone ou no gogó, deixando de lado questões graves”. Citou também o fato de alguns juízes ficarem preocupados se em reuniões políticas está sendo servido, café ou água mineral. “Vemos o excesso, olha-se para miudezas ao invés de combater coisas mais graves”, frisa Kemp.

“Eu ouvi de servidores que o próprio governador e o próprio prefeito reúnem-se com eles e pergunta pra quem vão votar. Uma violência, uma afronta, um desrespeito!! Secretários, dirigentes chamando servidores e dizendo pra eles para quem devem votar. É ai que a Justiça Eleitoral tem que fiscalizar,

não é fiscalizar se candidato tá servindo água café bolacha em reunião eleitoral. Não é que nem aconteceu juiz proibindo uso de microfone!!”

“É uma afronta, uma violência, uma falta de respeitos dirigentes obrigarem servidores a votar em A, B ou C. Estou orientando esses servidores a denunciar. Não pode ficar acuado, principalmente o servidor concursado. Ele tem que ir na Justiça Eleitoral protocolar uma denúncia e assinar senão isso nunca vai acabar!” “A Justiça Eleitoral tem que dar guarida para essas pessoas, para essa ditadura que impera e vai trazer consequências desastrosas. Tudo bem candidato não pode distribuir bolacha e café, mas vamos fiscalizar coisas mais graves que comprometem a liberdade de expressão dos eleitores. Ninguém pode ser coagido a votar. Isso é um absurdo!!”.

(Jacqueline Lopes – assessoria de imprensa Mandato Pedro Kemp)

josi