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Direita é oportunista mas sintonizada, diz Cristovam

maio 19, 2005 | Geral

O senador Cristovam Buarque (PT-DF) defendeu o apoio do partido à CPI mista para investigar denúncias de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), mas disse que não vai assinar o requerimento agora, porque, em reunião realizada ontem à noite pela bancada no Senado, o líder Delcídio Amaral (MS) pediu tempo aos senadores.

Cristovam contou que, além dele, também os senadores petistas Eduardo Suplicy (SP) e Tião Viana (AC) defenderam o apoio da bancada ao requerimento de CPI. “A direita está sendo oportunista, mas está sintonizada com o povo”, disse Cristovam. “A opinião pública está desconfiando dos Três Poderes. Por isso, precisamos mostrar que não temos medo da investigação. O problema é que aparece um maluco (referência ao funcionário da ECT Maurício Marinho que é mostrado em reportagem da revista Veja pedindo propina), e a gente fica com medo de assinar”.

Segundo Cristovam, a imagem que se passa à opinião pública se não assinar o requerimento de criação da CPI é que o PT tem medo de apurar. “Se até o PTB está assinando, por que nós não vamos assinar?”, questionou.

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), em discurso da tribuna, voltou a atacar o governo Lula. Citando a opinião de Cristovam Buarque a respeito do apoio à CPI, ele afirmou: “Se trata de alguém do governo, defendendo”, afirmou. “Então, o governo Lula tem de mostrar o que ele tem de melhor. Tem de mostrar que tem o compromisso com a ética. Por isso, parabenizo o senador Cristovam Buarque”.

O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse que a oposição conseguiu o número de assinaturas para criação da CPI mista porque o momento é de turbulência na base governista. “Em dois anos e meio, a base do governo se deteriorou. Se em 2002 a esperança havia vencido o medo, em 2005 a incompetência venceu a esperança”, ironizou.

O senador José Jorge (PFL-PE)anunciou que, no Senado, o requerimento para criação da CPI já tem 41 assinaturas. Precisava de apenas 27. Na Câmara, o número mínimo de 171 também já foi ultrapassado

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