Lideranças do movimento estudantil que ocupa a reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) desde a semana passada estiveram hoje na Assembléia Legislativa para pedir o apoio dos deputados estaduais. O grupo exige paridade no voto de estudantes, professores e técnico administrativo nas eleições para reitor. No atual processo de eleição da universidades o voto dos 700 docentes da instituição tem peso maior, de 70%, enquanto o dos 16 mil alunos e dois mil técnico-administrativos tem valor de 30%.
Por solicitação do deputado Pedro Kemp (PT) a mesa diretora, o estudante de história e uma das lideranças do movimento, Sérgio Anastácio Souza Júnior, ocupou a tribuna hoje para falar aos deputados. Ele enfatizou que os acadêmicos querem o avanço da democracia na UFMS e que não se sentem contemplados com o atual processo de escolha do reitor. “A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul caminha na contramão da democracia da sociedade brasileira”, disse lembrando que outras 25 instituições públicas de ensino superior já adotam a paridade na hora de eleger a nova reitoria.
De acordo com o acadêmico, a luta dos estudantes pela paridade se reflete na população do Estado, já que pela universidade são formados boa parte dos profissionais que hoje atua em Mato Grosso do Sul. “A nossa batalha é importante para a população de nosso Estado. A UFMS não está dissociada da sociedade”, enfatizou, ao acrescentar à luta pela paridade, a contratação de mais professores e aquisição de equipamentos.
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