O deputado estadual Pedro Kemp (PT) ocupou a tribuna na sessão desta terça-feira, 07, para retomar o debate sobre o reajuste de 8,7% da tarifa do transporte coletivo da Capital. Ontem foram divulgados os números do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de Campo Grande, apontando que o aumento da tarifa do transporte público e no preço do botijão do gás encareceram a vida dos campo-grandenses em 0,31% em março. O índice é calculado pela Universidade Anhanguera-Uniderp.
Kemp lembrou que além do encarecimento do custo de vida, a alto valor da tarifa do transporte público tem levado a população a uma corrida às compras de motocicletas e carros em Campo Grande. A frota na cidade cresceu de 2005 até final do ano passado 21,6%, segundo dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito). “Estamos na contramão do que os especialistas têm orientado para resolver o problema do trânsito e também para o reduzir o efeito estufa”, pondera lembrando que é preciso discutir um transporte público de qualidade e que seja alternativo a proposta de locomoção individual.
Utilizando estudo da ANTP (Associação Nacional de Transporte de Passageiros), divulgado pela imprensa, o parlamentar apontou que em uma viagem de 7 quilômetros, em Campo Grande, caso seja feita de carro movido à gasolina a pessoa gastará R$ 2,08. No veículo a álcool o custo cai para R$ 1,91 e de motocicleta vai para R$ 0,73. A tarifa em Campo Grande é de R$ 2,50. “Está havendo um aumento no número de veículos, principalmente de motocicletas e as estatísticas demonstram que 70% dos acidentes envolvem os motociclistas. No ano passado, 97 pessoas morreram no trânsito da cidade”, diz. Ao final de seu pronunciamento, Kemp cobrou soluções alternativas para o transporte público da cidade. “O poder público precisa pensar estratégias”, reivindicou.
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