“Não existe questão mais urgente para humanidade do que a crise ambiental decorrente das mudanças climáticas. São urgentes políticas públicas mitigatórias e preventivas para salvar o Pantanal, o Cerrado, a Mata Atlântica e a Amazônia. Aprovamos uma lei há 10 anos, que precisa sair do papel e ser cumprida. Temos instrumentos legais para fazermos frente aos eventos que acontecem de forma preocupantes, como os incêndios e período de seca prolongada”. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) foi à tribuna hoje (03) e fez um alerta além de cobrar as autoridades medidas urgentes a respeito das queimadas que colocam em risco à saúde de toda população, cobrando o cumprimento da Política Estadual de Mudanças Climáticas. Kemp exibiu imagens veiculadas pela imprensa da destruição causada pelos incêndios em todo o País e fez um alerta sobre as doenças respiratórias.
O que previam os cientistas tem se tornado uma realidade que coloca em risco a vida do planeta, pontuou o parlamentar, autor do Projeto de Lei que impedia o avanço da monocultura no Pantanal. Eis o trecho do pronunciamento feito à época em março de 2023: “Queria fazer uma singela homenagem ao deputado estadual Amarildo Cruz (in memorian), porque ele estaria aqui nessa tribuna apresentando esse projeto. Com muito carinho vinha discutindo, pesquisando, estudando o avanço da monocultura, principalmente da soja, com muita preocupação, não só em função do manejo da terra, do cultivo em si, mas também porque é uma cultura que tem demandado muito uso de agrotóxicos. O Pantanal, por ser alagável, pode ser contaminado com esses agrotóxicos, vindo a prejudicar todo o bioma, animais e flora, nesso patrimônio nacional”.
Um ano e seis meses depois, quando o Governo do Estado já sancionou lei do Executivo Estadual de proteção ao Pantanal, os incêndios, com suspeita de serem criminosos traz á tona o problema.
Segundo Kemp, durante o pronunciamento de hoje, a água está acabando em muitas regiões do Mato Grosso do Sul. O desmatamento que ocorre em grande escala muito contribuiu para isso. A morte de nascentes está se expandindo rapidamente, muitas vezes, em função, do avanço de áreas de plantio. “A fumaça tomou conta do nosso país, trazendo reflexos para saúde humana. Muitas pessoas estão com problemas respiratórios e de visão. É preciso colocar em prática a lei, com gabinete de crise e mobilização de vários setores”, destacou Kemp, que apresentou números e imagens sobre os focos de incêndios, investigações, qualidade do ar e monitoramento de secas.
O Brasil soma mais de 131 mil focos de incêndio florestais, o mais alto desde 2010, quando chegou a 139 mil, segundo monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
0 comentários