O deputado estadual Pedro Kemp, vice-presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, participou na manhã desta quarta-feira, dia 27, da assembléia da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul). No encontro, os educadores discutiram a decisão da SED (Secretaria Estadual de Educação) de ampliar a carga horária dos alunos do ensino noturno. Com a medida, as aulas no período passaram a ter início às 18h30 e encerrar às 23h10. Até o ano passado, os alunos da rede estadual de ensino que estudavam no noturno saiam da escola até as 22h30, com entrada prevista para as 19h00. O receio dos educadores é que a alteração gere aumento na evasão escolar, que tradicionalmente já é alta no período. A assembléia contou com a presença da superintendente de educação do Estado, Cheila Vendramin, e com a participação de cerca de 120 educadores.
De acordo com a Federação, a superintendente da SED, Cheila Vendramin, assumiu o compromisso de aguardar sugestão da FETEMS, para publicar no Diário Oficial do Estado, as mudanças nos horários de aulas do período noturno..
Na assembléia de hoje, os trabalhadores/as decidiram pela manutenção dos projetos ministrados por professores em sala de aula, ou seja, por aulas em no máximo quatro sábados, sendo um por bimestre e cinco aulas com duração de 40 minutos com início às 19 horas e término às 22h30.
A proposta da secretaria prevê duas opções:
Cinco tempos de 45 minutos, com dez minutos no final de cada turno para entrega de trabalhos e solução de dúvidas. Com essa proposta, a escola fica obrigada a abrir cinco sábados no ano letivo para cinco tempos com 45 minutos de duração.
Outra possibilidade seria implantar cinco tempos de 50 minutos, sem intervalo de recreio.
Para o professor Jaime Teixeira, a preocupação maior da FETEMS é que as salas de aula abertas cheguem ao final do ano e não fechem em razão do desinteresse dos alunos, causando o aumento da evasão escolar. “A Federação defende que o ensino noturno tem que se adaptar a realidade dos alunos e as decisões sejam tomadas em conjunto com os trabalhadores”, comenta.
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