O deputado estadual Pedro Kemp (PT) apresentou na sessão desta quinta-feira, 06, indicação solicitando do MPT (Ministério Público do Trabalho) medidas imediatas contra o acúmulo de função imposto aos motoristas de ônibus pelas empresas de transporte coletivo urbano de Campo Grande. Denúncias encaminhadas ao parlamentar dão conta de que, com a substituição dos cobradores por catracas eletrônicas, os motoristas são obrigados a cumprir as duas funções. “Com isso há uma pressão psicológica muita grande em cima desses trabalhadores, que têm que dirigir o veículo, prestar atenção em quem vai pagar a passagem, além de atender as pessoas com deficiência e idosas”, explica, lembrando que essa sobrecarga de trabalho põe em risco a segurança dos usuários do transporte.
Na indicação o parlamentar cita outras situações impostas aos trabalhadores do transporte coletivo urbano da Capital como o desconto em folha de multas aplicadas pela empresa em caso de atraso durante o itinerário dos ônibus e o ressarcimento por parte do funcionário do dinheiro levado durante os assaltos a coletivos. Kemp questiona ainda o descumprimento de Lei municipal que obriga as empresas responsáveis pelo transporte coletivo urbano a utilizar em outras funções os cobradores dispensados da atividade por conta da instalação do sistema eletrônico de acesso de passageiros, catracas eletrônicas. De acordo com Kemp, levantamento do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande aponta que por mês são demitidos, em média, 12 cobradores e motoristas em Campo Grande. Sem que haja, no entanto, registros de novas contratações.
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