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Líder do PT critica falta de investimento do governo na área social

ago 9, 2007 | Geral

A falta de estrutura da polícia para atendimento de ocorrências, a suspensão, que já perdura por quase oito meses, dos programas sociais, além da ausência de medicamentos para os renais crônicos e a mortalidade infantil indígena, que volta a rondar a população Guarani Kaiowá de Mato Grosso do Sul, pautaram as críticas feitas ao governo André Puccinelli pela oposição na sessão desta terça-feira da Assembléia Legislativa. Ontem, o governador do Estado anunciou que o Fundo de Erradicação e Combate a Pobreza (Fecomp) já acumula R$ 8,6 milhões de reais, no entanto, o dinheiro só será transformado em ação, conforme o executivo, a partir de 2008.

Com a área social desassistida pelo governo, a reação veio da tribuna da Assembléia Legislativa. O líder do PT, deputado Pedro Kemp, aparteado pelos três outros membros da bancada, Pedro Teruel, Paulo Duarte e Amarildo Cruz, subiu o tom do discurso e criticou o executivo. Para o petista, a desculpa do governo de que não há recursos para os investimentos sociais não se justifica mais. “Eu fico me perguntando: O governo está arrecadando para quê? A arrecadação subiu 17% e o governo quer aplicar na área social somente no ano que vem, mas as necessidades estão aí”, enfatizou Kemp.

O parlamentar cobrou do governo medidas emergenciais para atender a população sul-mato-grossense que vem sentindo dificuldades, sobretudo, em áreas essenciais como saúde e segurança pública. “A polícia está fazendo assim: atende o que é mais emergencial. Agora se os problemas de fome, medicamentos, segurança pública são emergenciais por que esperar até o ano que vem”, questiona o parlamentar.

Pedro Kemp ressaltou ainda dados recentes do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas) que demonstram a queda das desigualdades sociais no Brasil a partir de 2001, ou seja, início do governo Lula e conseqüente implantação dos programas sociais. “São inciativas para compensar as desigualdades sociais, que são resultado de um modelo econômico excludente”, ponderou. Pelos levantamento do instituto, a desigualdade de renda familiar per capita, entre os anos de 2001 e 2004, caiu de forma contínua e substancial atingindo o seu menor nível nos últimos 30 anos. “Agora em Mato Grosso do Sul estamos na contramão desta perspectiva. Temos recursos para diminuir as desigualdades sociais, no entanto, não estamos fazendo isso”, concluiu.

admin
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