Desde que chegou, há cinco anos, ao Centro de Convivência e Desenvolvimento de Talentos (CCDT) na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, a filha de dona Osmarina Alves Franco, Eliane Alves Franco, 37 anos, tem demonstrado vontade de aprender a ler, entusiasmo para realizar as atividades de arte oferecidas no Centro, além de estabelecer com as outras crianças não deficientes um convívio amistoso e positivo. “Ela já estudou em outras instituições de educação especial, mas nunca obteve um resultado tão positivo como no CCDT”, reafirma a mãe que também é educadora.
Osmarina acompanhou na manhã desta quinta-feira outros dez pais que vieram à sessão legislativa em busca de apoio dos deputados estaduais para manter o Centro no interior da Escola Estadual Lúcia Martins Coelho. Isso porque um projeto da Secretaria Estadual de Educação quer transferir o CCDT para uma unidade onde só estudam alunos com deficiência, o que vem preocupando as famílias das 40 crianças que integram o CCDT. “Isso seria um retrocesso para o desenvolvimento delas”, afirma Osmaria.
A mesma opinião tem Rosa Marques Silva, mãe de Simone Silva Pereira, que dos 37 anos de vida passou 14 anos na unidade de educação localizada na Escola Lúcia Martins Coelho. “Lá a auto-estima dela melhorou muito. Tanto que ela não se sente se quer deficiente. Não há diferença entre as crianças deficientes e não-deficientes e isso é muito positivo para todas”, constata.
Da sessão legislativa os pais saíram com o compromisso dos deputados estaduais de estabelecer com o governo um diálogo a fim de manter o CCDT na Escola Estadual Lúcia Martins Coelho. Uma indicação apresentada pelo líder do PT, deputado Pedro Kemp, foi aprovada pelos parlamentares em regime de urgência. “Quero que vocês (mães) saibam que vamos lutar até o fim para que esse projeto se mantenha no Colégio Lúcia Martins Coelho”, reafirmou Kemp, após usar a tribuna para enfatizar a importância do Centro de Convivência e Desenvolvimento de Talentos.
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