O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que “hoje haveria 90% de chances” de a MP (medida provisória) que reajustou o salário mínimo de R$ 240 para R$ 260 ser rejeitada no Senado.
Paim reafirmou que 53 dos 81 senadores já sinalizaram ser contrários à MP, mas admitiu que a ‘máquina do governo é poderosa’ e que ‘boa parte dos senadores poderá mudar de opinião’.
“Mas temos uma margem de 20%. PSDB, PFL e PPS devem fechar questão contra a MP. Além disso, haverá dissidências de outros partidos. Então acredito que não passa”, disse ele à Folha Online.
Ontem, quando o governo conseguiu aprovar o mínimo de R$ 260 na Câmara, apenas 5 dos 21 deputados do PT que ameaçavam votar contra mantiveram essa posição. No mesmo dia, o governo liberou R$ 200 milhões para custear emendas apresentadas por parlamentares.
No Senado, o destino da MP deverá ser decidido pelo PMDB, dono da maior bancada no Senado (22 parlamentares). Ontem, 32 dos 78 deputados peemedebistas votaram a favor do mínimo de R$ 275 -a votação dos R$ 260 foi simbólica (sem contagem nominal de votos). Mantida essa proporção no Senado, o governo corre grandes riscos de ser derrotado.
Por isso, o ministro José Dirceu (Casa Civil) disse hoje que “não há o que comemorar” e que a votação no Senado deverá ser uma “batalha”.
Assim como fez na Câmara, o governo deverá enviar ministros ao Senado para convencer os parlamentares e votaram a favor da MP. Na Câmara, trabalharam diretamente pela aprovação os ministros Aldo Rebelo (Coordenação Política), Antonio Palocci (Fazenda), Eunício Oliveira (Comunicações) e Amir Lando (Previdência).
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