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País cria mais de 1,2 milhão de empregos

ago 19, 2004 | Geral

O número de empregos formais cresceu pelo sétimo mês consecutivo no país. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foram criados 202 mil novos postos nesse mês de julho, com crescimento de 0,83% em relação ao mesmo período do ano passado. Este foi o melhor resultado já alcançado em um mês de julho desde 1992, ano em que o levantamento começou a ser feito. Nos últimos sete meses, foi criado 1,236 milhão de empregos com carteira assinada.

“Essa tendência contínua de crescimento demonstra que a política econômica do atual governo está correta e, ao contrário do que dizia a oposição, conseguiu alcançar uma estabilidade”, disse hoje (19) o deputado José Eduardo Cardozo (PT–SP), em entrevista ao Portal do PT.

O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, revelou que, diante dos atuais dados, a meta da criação de empregos neste ano teve que ser revista de 1,3 milhão para 1,8 milhão de postos de trabalho até dezembro. Segundo análise de técnicos do Ministério do Trabalho, o saldo positivo deve-se ao bom desempenho das exportações, em alguns setores, e à sazonalidade positiva na produção agrícola, associados ao crescente aquecimento da demanda interna.

O aumento do número de empregos gera um impacto positivo na arrecadação da Previdência Social e do FGTS, melhorando a capacidade do governo de pagar benefícios e de realizar investimentos – o que permite ao Estado gerar mais empregos nos próximos meses. “O crescimento do número de empregos aumenta o poder de compra da população e consequentemente gera uma maior demanda e com isso mais novos investimentos e empregos”, disse o deputado.

Dados do Ministério do Trabalho indicam que o país mantém a tendência de crescimento nos empregos formais. Até o momento, os novos empregos com carteira assinada chegam a 1 milhão 236 mil. As áreas metropolitanas, que em anos anteriores apresentavam um pequeno aumento do número dos postos de trabalho quando comparadas às regiões mais afastadas, agora mostram significativas mudanças.

“Pesquisas do IBGE e Dieese do mês de junho apontam sinais de recuperação do emprego formal também nas áreas metropolitanas, com índice de crescimento maior do que a população economicamente ativa”, disse o ministro Berzoini, que também destacou que a perspectiva é chegar até o final do ano com a taxa de desemprego abaixo de dois dígitos.

Setores que mais empregaram

A indústria de transformação registrou o maior saldo positivo, com abertura de 56.027 vagas (0,98%). No acumulado do ano, o setor também foi recordista na oferta de vagas, gerando de 382.387 empregos formais. Entre janeiro e julho de 2004, nove dos doze ramos industriais mostraram variação relativa do emprego acima da média nacional, destacando-se a indústria da borracha, couros e peles (12,41%), de calçados (11,96%), de material de transporte (9,75%), eletricidade e de comunicações (9,0%), de alimentos (7,94%).

A agricultura foi responsável pela geração de 55.155 empregos formais (3,76%) em julho. Em 2004, o setor já acumula uma expansão de 21,72% no seu contingente de assalariados com carteira, o que corresponde ao saldo de 271.585 postos de trabalho. Para a deputada Clair (PT–PR), o aumento do número de empregos na agricultura é um reflexo dos investimentos e incentivos do governo Lula no setor.

Outros setores predominantemente ligados à demanda interna também mostraram resultados positivos. O setor de serviços apresentou aumento de 42.729 postos (0,45%), acumulando a geração de 309.480 postos, entre janeiro e julho. O comércio abriu 33.552 vagas formais em julho e 164.397 empregos no acumulado do período. A construção civil apresentou expansão de 10.697 postos e no ano foram criados 71.305 postos (6,54%).

País inteiro apresenta resultados positivos

Em termos geográficos, em julho, todos os Estados apresentaram expansão do emprego formal. O Estado de São Paulo mostrou o maior crescimento, registrando a geração de 70.817 postos (0,89%). Em seguida, aparecem Minas Gerais, com 31.720 vagas (1,19%), Rio de Janeiro, com 12.396 postos (0,50%), e Paraná, com 11.771 postos (0,70%). Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste destacaram-se, respectivamente, os estados do Pará (6.495 postos), Bahia (7.967 postos) e Goiás (5.615 postos). Em julho, as nove maiores regiões metropolitanas criaram 47.393 postos celetistas.

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