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Pedro Kemp aciona Defensoria contra novo aumento do transporte coletivo na Capital

fev 11, 2010 | Geral

Após acionar o Ministério Público Estadual contra o aumento do transporte coletivo urbano de Campo Grande, concedido em fevereiro do ano passado, o deputado Pedro Kemp (PT) encaminhou hoje à Defensoria Pública do Estado documento solicitando medidas preventivas contra um novo reajuste do serviço, que pode ser autorizado nos próximos dias pela administração municipal.

O parlamentar explica que as empresas concessionárias do transporte coletivo e a administração municipal já negociam novo reajuste, o que deve colocar Campo Grande entre as capitais com a tarifa mais alta do país. Conforme o diretor-presidente da Agreg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Marcelo Luiz do Amaral, os estudos para composição do novo valor estão prontos e serão encaminhados para o prefeito Nelsinho Trad ainda esse mês.

Pedro Kemp ocupou a tribuna na sessão dessa terça-feira para justificar a iniciativa e lembrou que o valor da tarifa é insustentável para o trabalhador. “Estamos pedindo que a Defensoria Pública estude uma medida judicial para impedir novo aumento do transporte, em caráter preventivo. Todos os dias, a Defensoria atende dezenas de trabalhadores que enfrentam a dificuldade de arcar com esse o valor abusivo da tarifa”, explicou.

O deputado lembrou ainda que a prefeitura deveria criar um fundo para arcar com as despesas das gratuidades, hoje o principal argumento dos empresários e da administração para elevar o valor do bilhete. “A prefeitura precisa subsidiar as gratuidades, porque na prática quem paga pelo benefício é o trabalhador que utiliza o serviço diariamente”, ponderou.

Desde 2005, quando assumiu a prefeitura de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB) já aumentou a tarifa em quase 40%, bem acima dos reajustes salariais obtidos pelos trabalhadores campo-grandenses no mesmo período. Em 2009, o reajuste médio foi de 8,7%, o que elevou a passagem de R$ 2,30 à época para R$ 2,50. Já os usuários que utilizam o cartão eletrônico começaram a desembolsar R$ 2,30 para utilizar os serviços do transporte público. O documento apresentado hoje será encaminhado à Coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Neyla Ferreira Mendes.

admin
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