Os deputados estaduais votaram hoje, dia 14, em um plenário quase vazio o reajuste dos servidores públicos de Mato Grosso do Sul. Em média o funcionalismo terá a reposição de 6%, índice bem aquém dos reivindicados pelas diversas categorias. Para o deputado Pedro Kemp (PT), o clima de ameaça e intimidação instalado pelo governo deixou os servidores acuados. Os policiais, por exemplo, vão terminar a discussão sobre o reajuste na Justiça, já que não tiveram êxito no debate com o executivo. O governador André Puccinelli determinou ainda recuo dos pontos já acordados, caso a categoria mantivesse as manifestações.
Os servidores da saúde também colocaram fim as negociações e acataram a proposta do governo, após reuniões com representantes do governo. “Praticamente não existiu negociação. O governo não nos ouviu”, disse o sindicalista Ricardo Bueno, do Sindicato da Seguridade Social de Mato Grosso do Sul. Kemp lembrou que em oito anos de Assembleia Legislativa nunca presenciou uma votação de reajuste dos servidores, sem a manifestação do funcionalismo. “É a primeira vez que nós votamos um reajuste sem os servidores. Em anos anteriores, as categorias estavam aqui até o último minuto brigando pelos seus interesses”, recordou.
O parlamentar rebateu ainda informações do governo de que Mato Grosso do Sul está oferecendo o maior reajuste dentre os estados brasileiros. Kemp lembrou que ao assumir o executivo, em seu primeiro ano de governo, André Puccinelli não concedeu nenhum reajuste aos servidores. No ano seguinte, em 2008, o percentual foi de apenas 3%. “Os servidores estão à míngua há dois anos”, esclareceu Kemp.
Sem a presença das categorias, o deputado Pedro Kemp lamentou o clima de pressão e intimidação que neutralizou as ações dos servidores. “Algumas categorias estavam exigindo mais, no entanto, disseram que não adianta tentar negociar”, comentou.
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