Em lembrança ao Dia Nacional e Mundial do Surdo, que acontece em setembro, representantes da FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos), do CONADE (Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência) e pessoas surdas participaram nesta terça-feira, 27, da sessão legislativa. A professora e mestre Shirley Vilhalva falou aos deputados da necessidade do Ministério da Educação fortalecer e aprovar a criação de escolas bilíngues no paí.
“Queremos a escola bilíngue no Brasil. O direito linguístico do surdo fica prejudicado, pois em qualquer língua é necessário que haja a convivência entre os pares”, enfatizou, ao explicar que pela política do MEC, os surdos são integrados em escolas comuns – Escola Inclusiva. No entanto, há um movimento mundial pela instituição de escolas específicas, onde haja a integração das pessoas surdas. “A escola de libras seria um espaço onde todos podem fazer uso. Como uma escola de inglês ou ainda como hoje é feito com a educação indígena, onde o ensino é garantido na língua materna”, explica.
Uma reivindicação que também vem acontecendo nacionalmente e que nasceu em Mato Grosso do Sul é a luta pela disponibilidade de intérpretes da língua brasileira de sinais nas aldeias indígenas. “É necessário também que haja formação de professores indígenas em língua de sinais”, disse na tribuna da Casa de Leis.Shirley, que é diretora administrativa da FENEIS e Conselheira do CONADE lembrou que a Assembleia Legislativa, por iniciativa dos deputados Pedro Kemp e Pedro Teruel, aprovou em 2001 o Dia Estadual do Surdo. “Pedro Kemp é um grande parceiro e sempre nos apoiou nas nossas lutas e iniciativas”, disse.
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