O deputado estadual Pedro Kemp (PT-MS) apresentou nesta terça-feira (4), na sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o Projeto de Lei que prevê a Semana Estadual da Mulher e Combate à Misoginia. A proposta é resultado da audiência pública com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, que na semana passa reuniu centenas de mulheres na Casa de Leis e iniciou no País a Marcha Mundial Contra a Misoginia.
no período em que estiver inserido o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Segundo o Projeto de Lei, na serão realizadas, por órgãos e entidades do Poder Público e dos movimentos sociais, atividades para esclarecer, informar e formar a opinião pública sobre as políticas de gênero e dos direitos e interesses da mulher, especialmente sobre o combate à misoginia, ao preconceito e à violência doméstica e familiar contra a mulher.
“Nesse contexto do aumento do ódio às mulheres, se torna importante a inclusão da misoginia na Semana Estadual da Mulher, com o propósito de alerta, reflexão e promoção de debates junto à sociedade, dando visibilidade para a importância do tema, e continuar avançando na compreensão de que o desprezo às mulheres não podem ser naturalizados”, explica o deputado estadual.
“Vamos percorrer todos os estados brasileiros. E estamos começando essa marcha aqui em Mato Grosso do Sul. Quero convocar a todas e a todos que estão neste plenário para que possamos efetivamente fazer, neste país, a Marcha contra a Misoginia e o Feminicídio, uma marcha contra o ódio. Não vamos deixar mais que nos silenciem e que nos matem”, disse a ministra.
Em 2022, 1.410 mulheres foram vítimas de feminicídio no país, conforme dados do Atlas da Violência, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mencionados pela ministra Cida Gonçalves. Esse número corresponde à média de um assassinato de mulher, pelo simples motivo de ser mulher, a cada seis horas.
Situação crítica também apresenta Mato Grosso do Sul. Conforme o Mapa do Feminicídio 2022, elaborado pelo Governo do Estado, ocorreram 34 feminicídios em 2021. Nesse ano, 17.856 mulheres registraram boletins de ocorrência devido a algum tipo de violência doméstica e familiar. Isso significa que, a cada 15 minutos, uma mulher comparece a uma delegacia do Estado para denunciar a violência e buscar ajuda.
Jacqueline Lopes – jornalista Mandato Participativo Pedro Kemp (PT-MS)
DRT-078 MS
Foto: Giovanni Coletti
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