O deputado estadual Pedro Kemp (PT-MS) preside a Comissão Permanente de Educação da ALEMS e segundo ele, permitir que os pais sejam os responsáveis pela educação base dos filhos, sem a obrigatoriedade da presença escolar, a chamada homeshooling, é um retrocesso para o País. “A aprovação e seguinte sanção significaria um dano ao país, que já tem uma educação com problemas de reprovação, de evasão escolar, que também viu na pandemia, com crianças praticamente um ano e meio, dois anos em casa, com sérias dificuldades com a educação remota. Sem acesso a computadores, internet de qualidade, pais sobrevivendo, tentando acompanhar o ensino. As escolas indígenas ou rurais tiveram que fazer entrega de atividades por escrito, sendo a maneira que encontraram para poder garantir alguma atividade”, disse.
Com a aprovação do texto-base do projeto de lei que regulamenta homeschooling, nesta semana pela Câmara Federal, Kemp usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, hoje (25), e pediu a mobilização dos deputados estaduais para pressionar a bancada federal pela rejeição da proposta, que agora segue para análise do Senado. “O que eles querem? É diminuir aos poucos a presença de alunos e professores. A situação é grave. Já temos um número defasado, mais contratados que concursados. Precisamos fazer pressão junto aos senadores, à bancada para que isso não passe. O projeto ainda prevê que os pais deverão ser formados no ensino superior, mas as camadas mais pobres não terão condições de fazer isso”, pontuou no parlamentar, que é filósofo, psicólogo, professor e escritor.
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